Notas sobre o cinematógrafo é uma preciosa coletânea de frases que o cineasta francês Robert Bresson foi fazendo ao longo das décadas em que se dedicou à produção de filmes seminais como Pickpocket,
Um condenado à morte escapou e A grande testemunha. Bresson pensava a imagem como pintura e o som, como uma partitura musical de ruídos, sempre com o máximo de rigor, com o firme propósito de vislumbrar instantes de eternidade nas ações mais prosaicas do cotidiano. Cinema, para Bresson, era sinônimo de revelação:
uma espécie de decalque de um “real” que se manifesta se velando, nos re-ligando à manifestação divina da própria vida. Era com essa convicção que Bresson, católico jansenista, preparava cuidadosamente os seus filmes, criando “leis de ferro” para o próprio processo de criação.
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