Homenageando os esplendores florentinos dos Médicis, a magnificência milane- sa dos Sforza, a grandeza generosa de dois reis de França, Leonardo da Vinci foi, sem dúvida, aquele homem universal que o Renascimento almejava, capaz de ela- borar uma teoria geral do mundo, sólida, poderosa e coerente. O pintor-escultor se fez músico, engenheiro, arquiteto, anatomista, astrônomo, matemático, diretor de teatro, escritor, geólogo... Gênio visionário, ele teria inven- tado o avião,o submarino, a bicicleta, o violino. Em sua época, já era considerado uma lenda viva: "Não existe maior artista que ele", disse um de seus contemporâ- neos, "e o artista encobre um homem ainda mais admirável". Leonardo foi qualificado como um ser divino. Na verdade, havia algo de miste- riosamente perturbador na multiplicidade, na extensão quase anormal de seus ta- lentos e de suas qualidades, posto que o autor da Gioconda já surpreendia a todos por seu charme, seu humor, sua força fisica e a beleza de seus traços. E além disso, ele era um dandy, extravagante. Para narrar a movimentada existência de Leonardo, Serge Bramly iniciou sua investigação do nada; ele seguiu os vestígios da trajetória do artista, observando-o nas suas relações cotidianas com seus rivais, seus confrades, Botticelli, Migue- langelo, Maquiavel. Desse modo, traçou o retrato fascinante de um homem único, exemplar, através do claro-escuro de uma época inigualável. Serge Bramly é autor de numerosos romances e ensaios. Ele obteve o prêmio dos Livreiros em 1983 com La danse du Loup. Seu livro Leonardo da Vinci é a primeira importante biografia do artista escrita após quase meio século.
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