Livro: Universalismo Diante Da Possibilidade Europeia - IVANA PEDROSO TEIXEIRA - Sebo Online Container Cultura

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Universalismo Diante Da Possibilidade Europeia

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Universalismo Diante Da Possibilidade Europeia

O “universalismo europeu” do título é o falso universalismo, em torno das idéias igualitárias da modernidade, como direitos humanos e democracia, usadas, no entanto, para reafirmar uma pretensa superioridade dos países do eixo ocidental (Europa–Estados Unidos), que justificaria suas intervenções militares. No primeiro capítulo, “Quem tem o direito de intervir?”, Wallerstein parte de um debate ocorrido na Espanha, no século XVI, logo após a descoberta da América, entre Bartolomé de las Casas e Juan Ginés de Sepúlveda. Ambos discutiram sobre que direito tinham os conquistadores espanhóis contra os povos indígenas. Para Wallerstein, desde Sepúlveda, defensor de massacres em nome da cristianização, as bases da defesa de intervenções militares são as mesmas. E suas razões de fundo, naquele caso a tomada das riquezas das terras do novo mundo, também. A luta de Las Casas no interior da Corte espanhola para mostrar que o mal infligido pela guerra era muito maior que o pretenso bem de suas justificativas, estava condenada porque questionava a maneira como o próprio poder imperial se legitima e se estrutura. 

No segundo capítulo, o autor mostra de que modo o Orientalismo foi usado no período colonial para estabelecer uma relação de superioridade cultural com sociedades complexas, e em muitos casos de raízes muito mais antigas que a ocidental, da Ásia e do norte da África. Retoma a importância da luta anticolonial contra o Orientalismo e a trajetória de dois intelectuais fundamentais – o egípcio Anouar Abdel-Malek e o palestino Edward Said – no desmonte do “particularismo essencialista” que, por meio de estereótipos e de generalizações, caracteriza o outro sempre como o atrasado e assim retira seu direito à autodeterminação.

Wallerstein estuda ainda a separação entre o humanismo e o saber científico na academia, o que gerou o “último e mais poderoso dos universalismos europeus”: o científico, a ciência como verdade. A produção do saber desligada de objetivos do bem comum, com a universidade como ator do mercado e legitimadora acrítica do poder. A superioridade técnica de um povo sobre outro entendida como direito de dominação.

No último capítulo, Wallerstein discute o papel do intelectual no mundo de hoje, em um sistema capitalista que o autor considera em crise final. Diante do risco de um novo mundo ainda mais cruel, desigual, e hierárquico, Wallerstein analisa os becos sem saída do pós-modernismo, e a necessidade e as possibilidades da construção de um universalismo não-europeu, mas de fato universal, para uma outra ordem mundial.

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