Nesta era de globalização, ouvimos muito falar de um novo imperialismo e de seu principal impositor, os Estados Unidos. Hoje, com tal país a prometer uma guerra sem fim contra o terrorismo e a promoção de uma política de defesa preventiva, essa noção parece mais evidente do que nunca.
Mas o que afinal pode significar imperialismo na ausência de conquista colonial e dominação imperial direta? Desmanchando consensos, Ellen Meiskins Wood apresenta neste livro uma das mais respeitadas análises do imperialismo norte-americano, para ela, um fenômeno absolutamente inédito na história mundial. Descrito pelo historiador Robert Brenner como “o estudo mais convincente do imperialismo na sua fase atual – como surgiu, como opera, como difere das formas anteriores”, o livro investiga o novo imperialismo contra o fundo contrastante das formas mais antigas, desde a Roma antiga, passando pela Europa medieval, o mundo árabe maometano, as conquistas espanholas e o império comercial holandês.
Pesquisando o nascimento de um imperialismo capitalista na dominação inglesa da Irlanda, Wood acompanha o seu desenvolvimento através do Império Britânico na América e na Índia. A tese principal de Wood é de que a natureza específica do imperialismo norte-americano e, na prática, do império capitalista, é operar o máximo possível por meio dos imperativos econômicos, e não pelo domínio colonial direto.
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