Uma decorrência feliz das pesquisas em história do design tem sido a revalorização e mesmo a reconceituação, dentro de acervos públicos, de coleções antes pouco consideradas ou compreendidas.
Ao se destacar a importância histórica de impressos comerciais e efêmeros ou de protótipos industriais e modelos de patentes, aprofunda-se a própria visão que lançamos sobre a cultura material, parte integrante tão essencial do mundo contemporâneo.
Mais urgente ainda do que o trabalho de resgate dentro dos arquivos e museus constituídos, é a preservação de tantos acervos particulares, que se dispersam a cada dia por não se encaixar em nenhuma categoria tradicional de patrimônio histórico.
Faz-se urgente a criação de mecanismos e organizações capazes de abrigar e preservar a memória coletiva no que diz respeito aos artefatos de origem industrial e ao seu contexto de produção e uso, aí incluída a arqueologia industrial. Com o papel preponderante assumido pelo design no mundo contemporâneo, é inaceitável que existam tão poucas instâncias de arquivamento, estudo e exposição dedicadas à área.
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