História do Livro
Todos conhecem a história do homem que ouviu do seu médico a lista de tudo que precisava cortar para poder viver mais e no fim perguntou, desanimado: "Viver mais pra que, doutor?" O que precisava cortar era justamente o que dava sabor e interesse à sua vida. Também são conhecidas as dietas radicais ou esotéricas, tipo uma semana só comendo cenoura e outra só nabo, com uma feijoada a cada lua cheia, que as pessoas inventam. Criou-se o mito de que prazer de comer e saúde são coisas incompativeis e que só a privação garante uma vida longa, mesmo que aborrecida. E nada disso é verdade, como mostra este bem-vindo e bendito livro.
A dieta mediterrânea não requer sacrificios nem renúncias dramáticas. É baseada em estatisticas médicas colhidas exatamente naquela área do mundo conhecida tanto pela sua boa comida quanto pelos seus baixos indices de doenças cardiacas e outras consequências de dietas erradas. Os paises mediterrâneos descobriram o segredo não da vida eterna - isso está sendo pesquisado em outros laboratórios - mas do que mais se aproxima disto: uma vida longa com qualidade, aproveitada até a última gota (de óleo de oliva). A oposição na região não é entre prazer e saúde, saciedade e longevidade, é entre sensatez e insensatez. É muito bom ver confirmado que quantidades sensatas de vinho fazem parte de um projeto para viver bastante, e que dieta certa não significa ascetismo, resignação e barriga roncando. E comendo mediterraneamente você não está só prevenindo a obesidade e suas decorrências. Pode estar adquirindo um jeito mediterrâneo de ser, e acabar não só com outra silhueta mas com outra filosofia de vida!
AVALIAÇÕES LEITORES