Este é um livro divertido e sensível regido pela imaginação do número três. Assim é que ele começa: “Eram três vezes uma senhora”.
E essa senhora tem três nomes, três idades, três aniversários, três cidades de nascimento, três cidades para partir, três óculos. É em torno da fabulação desses óculos que o menino se detém e se maravilha. Uns óculos são usados para trazer o que está longe para perto; outros óculos, para levar o que está perto para longe; e outros para procurar os dois. Mas esses últimos, o menino só provou quando perdeu os outros dois. O uso dos óculos faz com que o menino se aproxime mais, por meio da invenção de histórias, dos mistérios da senhora, de si mesmo e da saudade. As ilustrações coloridas de Suppa, o céu sobre o qual o texto é impresso, com traços e proporções semelhantes aos dos desenhos das crianças, fazem voar letras, pássaros, óculos, peixes, insetos.
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