Os contos de Adriana Bandeira surgem num bailar impreciso, exalando densidade, capturando a unidade de efeito e impressão pregada por mestres como Poe e Tchecov. O imprevisto dentro dos parâmetros previstos margeando conflitos de universos femininos, e não só femininos, antes pro- fundamente humanos. Oferecendo possibilidades, domina e brinca com a leveza das melhores técnicas lingüísticas, num passeio por boas histórias permeadas de metáforas contundentes, inovadoras. As personagens que brotam das páginas de Chá das Cinco são reais, nervosas, críticas, pulsantes, oferecendo óticas diversificadas sobre qualquer mesmo ponto. Uma obra definitiva, onde cada frase da autora exala vida própria sob um olhar filosó fico. O leitor, desde a primeira página, se delicia a cada frase, a cada conto a cada voz de Adriana. E se vê convidado a um delicioso chá de aromas rítmicos, psicológicos, surpreendentes. Encantadores
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