'Os cães ladram - pessoas públicas e lugares privados'
O gênero cunhado por CAPOTE, TRUMAN (1924-1984) de 'novela de não-ficção' teve seu ponto mais alto em A sangue frio, livro que consumiu seis anos de trabalho ao escritor. Mas é em Os cães ladram que Capote, numa compilação de vários textos, confidencia: 'tudo o que consta aqui é factual, o que não significa que seja a verdade'.
Ainda no prefácio, revela que extraiu o título de uma conversa com o escritor francês André Gide. Capote estava preocupado com críticas a seu trabalho, e Gide, na tentativa de acalmar o ânimo do amigo, conclui com o provérbio árabe 'os cães ladram e a caravana passa'.
É nessa atmosfera confidencial que Capote convida o leitor a compartilhar um pouco do que ele vivenciou ao longo de uma vida inteira de trabalho como jornalista para as revistas The New Yorker, Esquire, Vogue e Mademoiselle. O livro apresenta textos escritos entre as décadas de 40 e 70. No capítulo inicial, 'Uma voz saída das nuvens', o escritor americano começa o relato na New Orleans da década de 20, sua cidade natal.
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