Ela é doce, sensível e extremamente sofrida - tem dezesseis anos, mas possui a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis.
Ele é brilhante, generoso e altamente responsável - tem dezessete anos, mas possui a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida. Só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes.
Com sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do quotidiano, um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.
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