“O que Stirner condena é o homem prático que faz da Ciência uma idéia fixa, que se torna seu escravo, que não sabe mais gozar a vida e que está atormentado por preocupações mesquinhas que sufocam sua personalidade, seu eu. É preciso entrar e sair do domínio da Ciência segundo bem lhe aprouver. A Ciência não é um fim em si, é só um meio para que eu goze do meu Eu. Para o egoísta consciente, para o Único, ‘toda coisa é apenas um meio do qual é, em última análise, seu próprio objetivo’. Um cidadão submisso e utilizável, tal é ainda – e muito mais do que na época de Stirner ou de Nietzsche – o produto ideal da educação oficial. Nunca se falou tanto de ligação entre a Universidade e a economia, de preparação dos futuros quadros exigidos pela expansão industrial. A técnica moderna necessita de técnicos e não de homens livres ou personalidades voluntárias. Muitos jovens fazem estudos literários que não são ‘rentáveis’, que não oferecem ‘empregos’. Abram espaço para o ensino técnico, para os institutos tecnológicos: ali se fará obra útil e se ‘ganhará a vida’ O leitor compreenderá o quanto o ensaio de Stirner resta atual, 130 anos depois de seu aparecimento!” Jean Barrué
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