Este livro é resultado de reflexões de Julian Assange com um grupo de pensadores rebeldes e ativistas que atuam nas linhas de frente da batalha em defesa do ciberespaço (Jacob Appelbaum, Andy Müller-Maguhn e Jérémie Zimmermann).
Apesar de a internet ter possibilitado verdadeiras revoluções no mundo todo, Assange prevê uma grande onda de repressão, a ponto de considerar a internet como uma possível ameaça à civilização humana devido à transferência do poder de populações inteiras a um complexo de agências de espionagem e seus aliados corporativos transnacionais, que não precisarão prestar contas pelos seus atos.
O livro reflete sobre a vigilância em massa, censura e liberdade, mas o principal tema é o movimento cypherpunk, que defendem a utilização da criptografia e métodos similares como meios para provocar mudanças sociais e políticas. Fundado no início dos anos 1990, o movimento atingiu o auge de suas atividades durante as 'criptoguerras' e após a censura da Internet em 2011 na Primavera Árabe.
Desde que conseguiu asilo político na Embaixada do Equador em Londres temendo um revés diplomático que o entregasse às autoridades norte-americanas, Assange tem se dedicado a promover debates sobre a sociedade do início do século XXI com grandes intelectuais de todo o mundo e foi dentro deste contexto que escreveu a obra.
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