'Deus não tem religião'. Esta citação de Ghandi é uma das muitas com que o lama Surya Das instiga o leitor a percorrer uma viagem interior tendo como guia as quase 400 páginas de 'O despertar para o sagrado'. A densidade do texto não se choca com a leveza do estilo de Surya Das, que explica conceitos budistas tibetanos, utilizando provérbios e passagens de textos sagrados de diversas religiões e correntes de pensamento em capítulos curtos e ágeis, enquanto analisa as dificuldades filosóficas do homem contemporâneo.
Sem restringir seu público aos iniciados no budismo, Surya Das discorre sobre pontos comuns à maioria das religiões, entre eles a aceitação e o entendimento da morte, a necessidade de nos apiedarmos, de sermos solidários e de enfrentarmos privações sem desespero.
A exposição dos princípios budistas é suave, relacionada a aspectos do cotidiano de qualquer ocidental e até a discussões filosófico-políticas.
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