Esta não é uma nova - ou velha - biografia de Ernesto Guevara de la Serna, o Che. Se algo de novo pode ser dito sobre o Che, não está ao nível dos fatos.
Nada que pudesse ser acrescentado à sua trajetória - seja nas suas viagens de juventude, na sua estada na Guatemala, na guerra de guerrilhas em Cuba, no governo cubano, na África ou, finalmente, na Bolívia, ou mesmo na descoberta de seu cadáver enterrado - mudaria o significado de sua vida.
Se pode-se extrair da vida de Che algo mais, será refletindo sobre seu significado, sobre sua atualidade, sobre o que aconteceu com suas idéias trinta anos depois.
Fazer isso se dirigindo ao próprio Che, mais do que um expediente literário, é uma forma de tentar dialogar com uma época, com idéias que seguem habitando o imaginário, a prática social - ou ambos - de uma parte daquela geração. É uma forma de acerto de contas com os sonhos de uma geração que buscou 'assaltar o céu'.
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