Assim como os retratos fotográficos expressam uma fisionomia, ainda que tosca, o perfil jornalístico expressa uma trajetória humana, por mais sintético que seja.
Lembranças, relatos e informações se interligam numa teia histórica e geográfica, cuja estrutura e significância cabe ao repórter explicitar. Os doze perfis que compõem esta coletânea demonstram como é possível expor aspectos subjetivos e objetivos dos personagens, revelando o que são ou o que deixaram de ser, suas crises, tragédias, opções, realizações.
Em estilo fluente, Sergio Vilas Boas introduz esse nobre gênero jornalístico com um provocante ensaio, em que reflete sobre o trabalho de perfilar. Comenta, questiona, alerta e sugere, mostrando que o perfil transporta elementos construtivos sutis, situados além dos fatos, das técnicas e das declarações, em um universo em que percepção e sensibilidade são decisivas.
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