Esse romance de Lima Barreto é mais uma crítica feita por ele à burocracia e mediocridade da imprensa brasileira. Gonzaga de Sá é um funcionário de um departamento de Cultos, que só lida com questões esdrúxulas, como quantas setas deve ter a imagem de São Sebastião.
Mas o romance não trata disso, e sim do fato de que mesmo sendo um funcionário público, Gonzaga de Sá ainda conseguiu manter uma vida interior e reflexões filosóficas. O narrador da história, Augusto Machado, testemunha os passeios e observações que Gonzaga de Sá faz pela cidade.
Machado não poupa a ironia pelo fato do velho burocrata também se sentir atraído por questões ridículas de uma imprensa provinciana. Lima Barreto é muito engraçado quando satiriza nossa imprensa. Nem mesmo o Barão do Rio Branco é poupado.
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