Um romance vitoriano que os vitorianos nunca sonharam escrever. Com diálogos afiados e provocantes, Na Ponta Dos Dedos ? finalista do Booker Prize em 2002 ?mistura ladrões e golpistas, mansões e manicômios, intriga e desilusão, além de erotismo e farsa. Tudo com um ar contemporâneo e reviravoltas que surpreendem o leitor do início ao fim do romance escrito soberbamente pela inglesa Sarah Waters.
O título original, Fingersmith, é o termo vitoriano para golpista, pequeno gatuno. A personagem central, a órfã Sue, cresce em uma casa cheia de ladrões, num beco escuro de Londres. Como parte de um complexo plano para enganar uma jovem herdeira, Sue é mandada para uma intimidante mansão no campo inglês, como sua camareira. A rica Maud Lilly é mantida em quase total isolamento pelo tio excêntrico e obsessivo e, portanto, parece a vítima perfeita.
A idéia é conquistar a confiança de Maud e persuadir a jovem e inocente a cair vítima dos encantos do charmoso Richard, integrante da gangue. Após o casamento, ele a internaria numa instituição para doentes mentais e, juntamente com Sue, desfrutaria da fortuna recém-adquirida.
O que parece uma trama simples se torna cada vez mais envolvente à medida que camadas de dissimulação, tensão sexual e referências homossexuais cimentam as relações entre os personagens. A atenção de Waters ao detalhe histórico e sua grande sensibilidade para o diálogo contribuem para sustentar as intrigas de NA PONTA DOS DEDOS. Uma trama envolvente com virgens traídas e vilões pusilânimes. A carga erótica entre Maud e Sue e seus jogos psicológicos tornam o livro uma aventura instigante.
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