Uma mãe solteira com mais de 30 anos está prestes a dar um golpe do baú, mas tem caráter e dignidade. Se todos esses atributos não combinam com as 'mocinhas' tradicionais de romances femininos, eles são comuns às protagonistas criadas pela alemã Gaby Hauptmann, que, em 'A matilha das herdeiras', volta ao universo de mulheres fortes e independentes, para as quais o amor romântico é apenas um complemento da vida, não o motivo de uma existência. Ina, mãe da pequena Caroline, faz amizade com o vizinho Anno, um industrial de 85 anos, viúvo, pai de quatro filhas que só pensam em tomar seu dinheiro. É de Anno que parte a idéia de se casarem, garantindo à menina uma boa educação e conforto para Ina, de quem não exigirá relacionamento sexual ou fidelidade. O patriarca se diverte com a angústia das quatro herdeiras, que passam a tramar toda a sorte de golpes para evitar a união de Anno e Ina. A partir daí, a família, até então empenhada em representar o papel de unida, fiel e dedicada, arma uma verdadeira campanha, com intrigas, difamações e até sequestros, para tentar impedir o casamento do velho patriarca e eliminar a ameaça que paira sobre a terrível matilha das herdeiras.
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