Filho ilustre da Escola de Budapeste Ference Fehér coloca na mesma mesa Marx Goethe Hegel Cervantes Balzac e companhia a fim de encontrar a definição do que afinal é um romance. Sua resposta traz a simplicidade das descobertas engenhosas: o romance não é um gênero problemático; ele é ambivalente. Sua força vem exatamente da sua contradição interna. Se por um lado ele expressa o ideário da sociedade burguesa na qual nasceu e se desen- volveu por outro ele ilumina todos os impasses do seu berço de ori- gem. Tal como um vampiro que se alimenta do próprio sangue o ro- mance encontra no conflito consigo mesmo a solidez da sua pereni- dade.
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